Ela era tudo que quem a via podia pensar
Ela era tudo que quem a via podia pensar
Dona de si, sua predisposição e força era admirada por muitos que a via
Embora, o que ela não sabia
Era que ela podia voar
Solitária a se recompor dos dessabores que em seu caminho enfrentou
Desabrochava em lugares distantes de muita gente
Em própria companhia, então era flor
Por não correr o risco de ser tirada do lugar que escolheu não sentir dor
Na frente dos outros, espontânea e espirituosa
As vezes afastada, preferia não se enturmar
Como se fosse em algo atrapalhar
Mal sabia ela, que trazia em seu peito a luz mais formosa
Flor de mandacaru seria seu pseudônimo com certeza
Imponente ao sol, florescia antes de outra flor nascer
Quando tudo verde estava, ela já não estava mais pra ver
Em seu anonimato resguardava, sua pura vontade de livre viver.